Como escolher o pediatra do seu filho
- agenciaao3
- 12 de nov. de 2015
- 3 min de leitura

Tarefa nada fácil e que muitas vezes preocupam os pais de primeira viagem é a escolha do pediatra. Priscila Gonçalves, pediatra endocrinologista do Centro Médico Ng (Taubaté/SP) e membro da comunidade médica Saluspot, acredita que em primeiro lugar, a empatia com o profissional escolhido deve ser levada em conta. “O pediatra é alguém com quem a família vai, inevitavelmente, criar uma relação de confiança”.
Existem linhas específicas seguidas pelos pediatras, como alopatia, homeopatia e antroposofia. O profissional cursa medicina e faz mais dois anos de pediatria, alguns continuam sua especialização em áreas de atuação – com residência médica por mais dois anos ou especialização em gastroenterologia, neonatologia, endocrinologia ou imunologia.
“Para as mães, acredito que se você é vegetariana ou se trata com homeopatia ou faz parte de uma religião que não permite transfusão de sangue, deve ser mais cautelosa na procura. O pediatra deve compartilhar de seus princípios – ou ao menos se sentir confortável com a postura adotada pela família. O pediatra da criança precisa ter disposição para atender em circunstâncias especiais”, explica Priscila.
A partir do último mês de gestação, os pais podem começar a procurar o pediatra, recorrendo à indicação de pessoas conhecidas ou até do próprio obstetra. Procurar os títulos de especialização do médico na área da pediatria é uma dica. Estas referências podem ser checadas no site da Sociedade Brasileira de Pediatria. Indicações de familiares e checagem de referências, por meio de buscas na internet e conversas com outros pacientes, também podem ser úteis.
No Brasil, o valor de uma consulta varia muito de região. A média fica em torno de R$ 200 a R$ 500 e alguns convênios reembolsam parte da consulta, ou o próprio médico oferece desconto para quem tem outro convênio médico que ele não atenda. Outra informação importante é saber se os retornos são cobrados ou não. Se for, converse com o médico e veja como chegar a um valor bom para todos.
Até os 18 anos é a idade recomendada para levar o filho ao pediatra, que acompanha todas as fases da criança até a adolescência. A frequência de idas ao pediatra inicia com uma vez por mês até o primeiro ano de vida. A partir de dois até os seis anos, os encontros são semestrais e, por fim, uma vez ao ano até 18 anos. “Importante saber que consultas de emergência não eliminam as de rotina”, enfatiza Priscila.
Dicas:
- Para o exercício da profissão, o médico deverá estar registrado no Conselho Regional de Medicina e ter o título de especialista dado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, alguma de suas afiliadas ou outras sociedades que têm especialidades pediátricas;
- É possível buscar nomes e informações de pediatras qualificados nos sites da Sociedade Brasileira de Pediatria; da Sociedade de Pediatria de São Paulo e do Conselho Regional de Medicina de São Paulo;
- Os pais podem ligar para o consultório dos pediatras que pesquisaram ou que foram indicados por amigos e parentes. A recomendação é ser transparente: explique que está procurando um pediatra para seu filho e que gostaria de informações sobre o médico, sua formação, bem como os procedimentos gerais do consultório.
Segue uma lista geral com perguntas que os pais devem fazer para facilitar a escolha:
- É pós-graduado? Tem outros títulos ou especializações?
- Atende em algum hospital?
- Atende o paciente se precisar de internação?
- Atende em maternidade?
- Trabalha com planos de saúde?
- O que fazer quando ele sai de férias ou em finais de semana?
- Quem responde as chamadas de telefone quando o consultório está fechado ou durante as férias?
- Faz vacinas no consultório?
- O consultório está convenientemente localizado?
- É facilmente acessível com carro ou transporte público?
- Qual é a política do médico para atender e retornar telefonemas?
- Existe outro médico para cobri-lo quando necessário?
Comentarios